Carnes Processadas:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) endossou a recomendação que o INCA faz desde 2007 de não ingerir carnes processadas em nenhuma quantidade.
O motivo é que comer salsicha, linguiça, bacon e presunto, entre outras carnes processadas, aumenta o risco de câncer em humanos. O alerta da OMS baseou-se em relatório da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês).
As carnes processadas estão agora classificadas no grupo 1 de carcinogênicos. Isso significa que já há evidência suficiente de sua ligação com o aumento do risco de câncer, e as coloca no mesmo patamar de carcinógenos conhecidos, como tabaco, amianto e fumaça de óleo diesel.
Ainda de acordo com o alerta da OMS, as carnes vermelhas em geral (boi, porco, carneiro e bode) são um fator de risco provável para o câncer. Pela nova classificação da Iarc, estão no grupo 2A (prováveis carcinógenos), o mesmo em que está inserido o glifosato, princípio ativo de alguns herbicidas.
Para chegar a essa classificação, a Iarc revisou as evidências científicas de mais de 800 publicações. As evidências apontam que o consumo de carnes processadas aumenta especificamente o risco para o câncer colorretal.
Este tipo de câncer vem ganhando importância entre a população mais urbanizada, devido à substituição da “comida de verdade” por produtos prontos, muitos preparados à base de carnes processadas e com altos teores de gordura.